Há uma relação direta entre velocidade de conexão e gastos com serviços e conteúdos móveis. O consumidor que migra de um smartphone 3G para um 4G tende a aumentar em 30% o seu gasto com telefonia móvel. Trata-se de uma média global, auferida por diversas fontes, informa o diretor de ecossistema da Qualcomm para a América Latina, Dário Dal Piaz.
“O mesmo usuário que antes estava no 3G passa a consumir mais serviços no 4G, como alguns em cloud etc”, explica. Dal Piaz destaca o streaming de vídeo e o conteúdo gerado pelo usuário como duas áreas que se fortalecem com o advento das redes 4G.
Há, por exemplo, uma transição do compartilhamento de fotos para o compartilhamento de vídeos de alta qualidade, em HD ou mesmo 4K, nas redes sociais. Além disso, ganham força aplicações em tempo real, que demandam respostas imediatas por parte de prestadores de serviços, como apps de chamada de táxi ou de entrega de comida, por exemplo.
As teles, por sua vez, chegaram à conclusão que as redes 4G são mais rentáveis que as anteriores, porque seu custo de manutenção é menor e o cliente consome mais. No fim das contas, o investimento por usuário é menor no 4G, diz Dal Piaz.
De qualquer forma, ainda é preciso melhorar a cobertura no Brasil e aumentar a capacidade do backhaul nas antenas, para dar conta do aumento da demanda por dados. Brasil Atualmente, 8% das vendas de celulares no Brasil são de modelos 4G. Se considerados apenas smartphones, a participação sobe para 15%. E
no segmento premium é de praticamente 100%. Os dados são da GfK. A tendência é que o percentual suba ainda mais com a chegada de smartphones com conexão 4G cada vez mais baratos – a própria Qualcomm lançará em breve um chipset 4G voltado para terminais de gama baixa, o 8909.
“O consumidor entendeu bem o que é o 4G. É a mesma revolução que teve ao passar da Internet discada para a banda larga. Não conheço ninguém que tenha ido para o 4G e voltado depois para o 3G”, resume.
Fonte: Mobile Time