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Brasil tem mercado mais maduro de ecommerce na América Latina

A América Latina apresenta um paradoxo para os varejistas de ecommerce. Com um rápido crescimento da classe média e o aumento da aquisição de bens, a região tem uma operação de entrega duvidoso e os consumidores têm um uso limitado de cartões de crédito e serviços bancários.

O Banco Mundial estima que mais de 50 milhões de latino americanos tenham entrado para a classe média entre 2000 e 2010. Cerca de 30% da população latino americana é considerada agora da classe média e a maioria dela – 35 milhões de pessoas – está no Brasil. Nada menos que $57,7 bilhões de vendas online em 2014, de acordo com o eMarketer.

América Latina: tamanho do mercado

A pesquisa “Latin America eCommerce Forecast 2014 to 2019” da Forrester Research prevê que as vendas de ecommerce no Brasil vão crescer de $17,8 bilhões em 2014 para $40, 8 bilhões em 2019.

Estima-se que o número de compradores online cresça de 33,5 milhões em 2014 para 61,8 milhões em 2019. O Brasil tem o mercado mais maduro de ecommerce na região e com uma população de 202 milhões de pessoas – 62% de quem está abaixo de 30 anos de idade – oferece um mercado apelativo.

Na Argentina, o segundo maior mercado, as vendas de ecommerce vão crescer de $3,4 bilhões em 2014 para $8,3 milhões em 2019 e o país terá 12,6 milhões de consumidores online, (contra 7,8 milhões em 2014). México, com $2,8 bilhões em receita de ecommerce em 2014, vai crescer para $6,7 bilhões em 2019. O México já tinha mais consumidores que a Argentina em 2014, com 10,1 milhões de consumidores – mas gastaram menos.

A previsão da Forrester é que o México alcance 21,1 milhões de consumidores online em 2019. Cumulativamente, consumidores nesses três mercados vão gastar $32 bilhões mais online em 2019 que em 2014. Chile e Colômbia são os outros países que possuem potencial em ecommerce, o Chile, no entanto, tem uma população menor, de 17,4 milhões e os consumidores colombianos estão um pouco mais lentos ao adotar o consumo online.

Desafios do ecommerce na América Latina

No México e na Argentina, alguns varejistas online oferecem a opção de pagamento em dinheiro na entrega como alternativa para aqueles que não possuem cartão de crédito, débito ou contas bancárias.

No Brasil, varejistas também possuem o boleto bancário – um “papel bancário” – do EBANX, provedor de pagamento para ecommerce.

O Boleto Bancário é um documento impresso, bar-coded, regulado pelo Banco Central do Brasil e pode ser pago pelos consumidores online ou off-line (um varejista de ecommerce pode oferecer um boleto bancário para um consumidor que então paga em um estabelecimento, supermercado ou online). O risco de chargeback é eliminado e o provedor EBANX faz acordos semanais com os varejistas.

A entrega é problemática na América Latina e os consumidores são céticos sobre a qualidade do produto e entregas atuais. Esta é a razão de preferirem pagar em dinheiro na entrega. Algumas empresas de ecommerce local oferecem seus próprios serviços de entrega e políticas de devolução flexíveis como tentativa de ganhar a confiança dos consumidores.

Enquanto a compra mobile está se tornando mais popular, a venda mobile está abaixo dos 5% nas vendas online. A maioria da América Latina tem redes de 3G lentas que não colaboram com a navegação e a compra online.

O que os consumidores latinos compram?

Os e-consumidores no Brasil estão começando a comprar em categorias como beleza, acessórios e aparelhos. A maioria compra com frequência produtos em categorias do cross-border, como peças de computador e eletrônicos pessoais. Os países que mais compram dos Estados Unidos e China, de acordo com a yStats.com, uma empresa de pesquisa. Produtos de viagem e eletrônicos são os itens mais comprados na Argentina, enquanto música, filmes e eletrônicos são os itens mais comprados no México.

Empresas que operam múltiplos sites de varejo online estão indo bem. A B2W, empresa baseada no Brasil que opera a Americanas.com (bens de consumo), ShopTime.com (eletrônicos, cama, mesa e banho) e a Submarino.com (eletrônicos e jogos) – a mais bem rankeada empresa no Brasil e America Latina.

A segunda melhor no ranking, a Nova Pontocom, opera sites de ecommerce de varejistas como Casas Bahia (móveis e aparelhos), Extra (bens de consumo), Pontofrio (mobiliários, aparelhos e eletrodomésticos) e Barateiro (produtos com desconto). A maioria das receitas mais altas produzidas estão no Brasil, com duas empresas americanas – Dell e Amazon – nos dez melhores. Marcas globais estão claramente ausentes na Argentina, por conta também das restrições de importação.

Com informações de: Practical Ecommerce

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