Já imaginou um mundo em que você seja reconhecido automaticamente por câmeras aonde você vá ou que ouçam e, até gravem, tudo o que você diz? Isso já é realidade e pode ter o mesmo efeito que a internet teve para a era da informação. Prepare-se para pensar em segurança da informação, pois a era da exposição já está começou.
Trata-se de um processo evolutivo: começamos com a revolução industrial, descoberta da eletricidade e chegamos na rápida transmissão de dados e informações. A próxima etapa desse processo, com a facilidade de “fluir” informação, é a exposição. Muitos podem tentar impedi-la por meio da censura forçada ou forjada, suprimindo as supostas fake news (desinformações, em português) ou hate speech (declaração odiosa) como tentam fazer empresas de redes sociais. Mas quem define o que é fake news, hate speech ou pura e simples opinião respeitosa? Podemos confiar na decisão dessas empresas ou algoritmos criados para este fim? Aliás, elas podem censurar?
Deixar as pessoas se comunicarem respeitosamente e decidirem o que elas querem ver ou não, é o melhor caminho. A censura, não. Isso implica em maior exposição. Logo, é preciso ficar ciente de que hoje sua troca de informação com o mundo, privacidade e segurança da informação, em geral, requer atenção redobrada para mitigar efeitos negativos e/ou aproveitar oportunidades de melhoria para a sociedade e para você. Se pararmos para refletir, não faltam exemplos de exposição em vários âmbitos:
A Tidal, serviço de streaming de música, foi exposta por – supostamente – forjar o número de vezes em que determinadas músicas foram reproduzidas pelos seus usuários. Caso seja verídica, haverá sérias consequências, tais como: investidores sentindo-se enganados, carreiras de artistas afetadas negativamente e desconfiança dos usuários no serviço online. Neste caso, a empresa precisa expor empiricamente como chegou aos resultados e seus usuários confirmarão (ou não) se os dados foram falsificados, o que impactaria negativamente a confiança do mercado nesta plataforma.
Já aconteceram, também, alguns casos de vazamentos de fotos de smartphones ou hacking em serviços de armazenamento online que, depois que tais documentos são divulgados na internet, dificilmente são eliminados, ou seja, ficam expostos em várias cópias pelo mundo. Mesmo que os infratores sejam punidos, não é possível apagar tudo.
Do ponto de vista positivo, a exposição pode ser boa para a sociedade, como tem acontecido no Brasil. Poucos tinham ideia do tamanho da corrupção que vinha ocorrendo no país. A operação Lava Jato, por meio de investigações, expôs pessoas e empresas envolvidas em atos ilegais. Com o recente aprovado Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), no qual dados e informações são compartilhadas de forma ágil e integrados entre as forças de segurança, estas investigações tendem a crescer.
A era da informação começou “tímida” nos jornais impressos, rádio e televisão. Mas com a internet, parece ter chegado ao seu ápice. É tanta informação que começa a ficar difícil separar o que é verdade do que é forjado. A exposição é apenas o reflexo de toda essa enxurrada de informações que, muitas vezes é difícil de conter, e é por isso que precisamos repensar a segurança visando essa nova realidade.
O que podemos fazer para contribuir positivamente nesse sentido? Estamos contribuindo para a solução ou para o problema? Temos consciência dos nossos atos acerca das nossas informações ou deixamos a responsabilidade para “as autoridades”? Essas são apenas algumas perguntas que precisamos fazer para as quais precisamos achar uma resposta.
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Fonte: ecommercenews