Na última terça-feira, 20, Daniel Waisberg, Search Advocate do Google, publicou um artigo em que lista as razões mais comuns para a queda de tráfego orgânico de um site e como identificá-las.
A publicação chamou a atenção de profissionais de SEO em todo o mundo porque esta é a primeira vez que o buscador categoriza de maneira tão clara quais são os principais tipos de quedas e seus impactos.
Com base em ilustrações em formato de gráfico, Daniel utiliza o recurso Relatório de Performance do Search Console para fazer a análise.
O diagnóstico da possível queda de tráfego, em síntese, é feito através de um paralelo entre as cinco causas mais comuns de queda de tráfego e a forma como elas são representadas graficamente.
Segundo Waisberg, há cinco principais razões pelas quais sites de todas as categorias perdem tráfego.
Uma vez que esse tipo de problema pode impedir o Google de encontrar, indexar e exibir o seu site em sua página de resultados, as falhas técnicas estão no topo da lista. Esses erros podem englobar todo o site de uma só vez, como por exemplo um site fora do ar, ou estarem restritos a somente algumas páginas, como uma tag noindex alocada em local inadequado.
Se um site passa a apresentar problemas relacionados à segurança, o Google exibe alertas aos usuários antes que estes consigam acessá-lo, o que pode representar uma grande redução de tráfego.
Quando um site não está de acordo com as diretrizes de qualidade do Google, algumas páginas ou até mesmo o site inteiro pode sofrer algum nível de penalização manual, sendo parcial ou totalmente omitido da SERP.
O Google está constantemente implementando atualizações e melhorias em seu algoritmo; core update ou até mesmo upgrades de menor grau podem impactar o tráfego e o posicionamento de alguns sites.
Às vezes é possível identificar algumas mudanças no comportamento do usuário com relação a determinadas buscas. Isso pode ser resultado de novas tendências, períodos de crise ou sazonalidade ao longo do ano. Influências externas também causam impactos no tráfego orgânico.
Para ilustrar estes problemas, Daniel esboçou as representações gráficas de alguns exemplos de queda para fins comparativos.
De acordo com as informações fornecidas por Daniel, a própria análise do desenho das linhas dos seus gráficos no Relatório de Performance do Search Console já trará uma grande quantidade de informações.
Identificar quedas bruscas, perda gradual de visitantes ou padrões de perda sazonal de tráfego é um ponto de partida bastante esclarecedor para a correção do erro.
Além disso, outras dicas dadas por Waisberg podem tornar a sua avaliação ainda mais eficiente. São elas:
Analisar os números de um período maior de tempo vai ajudá-lo a identificar melhor o contexto da queda e certificá-lo de que ela não é uma queda sazonal, que acontece todos os anos durante alguma data específica. Para entender a análise acima de 16 meses, utilize a API Search Analytics.
Essa ação pode ajudá-lo a rever o que exatamente mudou no seu tráfego. Além disso, certifique-se de clicar em todas as abas para ver se a mudança também ocorreu em outras buscas, URLs, países, dispositivos e etc. Também esteja certo de estar comparando a mesma quantidade de dias, e de preferência os mesmos dias da semana.
Para compreender melhor onde a sua queda ocorreu, analise diferentes tipos de pesquisa, como a tradicional, Google Imagens, Vídeos ou aba de Notícias.
Daniel ainda disponibilizou um vídeo em que explica como utilizar da melhor forma o recurso do Search Console, e você pode vê-lo na íntegra abaixo:
Para levar a sua análise um passo além, Daniel traz o Google Trends como uma importante ferramenta para a compreensão de tendências do mercado.
No caso de queda por fatores externos, as comparações da ferramenta podem ser extremamente úteis.
Segundo Waisberg, há duas principais razões externas para a queda de tráfego orgânico dos sites. São elas:
Para analizar as tendências em diferentes mercado, o Google Trends é o recurso que mais fornece dados relevantes.
Estes dados são anônimos, categorizados e podem ser agregados em uma única comparação, além de haver a possibilidade de serem filtrados em nível de cidade ou global.
Na hora de fazer a sua avaliação, certifique-se de que utilizar as palavras-chave que mais levam tráfego para o seu site de modo geral e veja se os gráficos exibem um padrão de quedas similares ao longo do ano. No exemplo abaixo, Daniel utilizou três exemplos da indústria alimentícia.
Outros recursos do Google Trends que podem ajudá-lo a avaliar seu tráfego orgânico são:
Compreender de maneira clara quais são as tendências de mercado pode ser muito esclarecedor não somente na hora de identificar por que o seu site sofreu queda no tráfego orgânico, mas também para reconhecer oportunidades de crescimento.
Fonte: conversion.com.br