O e-commerce brasileiro cresceu 12% e faturou 53,2 bilhões em 2018, segundo levantamento feito pelo Ebit/Nielsen. A alta foi bastante expressiva, considerando que, em maio, o comércio eletrônico no País deixou de faturar cerca de R$ 400 milhões após a greve dos caminhoneiros.
O aumento poderia ter sido ainda maior, uma vez que a Copa do Mundo e as eleições esfriaram o movimento varejista.
Ao todo, foram 123 milhões de pedidos realizados pelo e-commerce, um resultado 10% maior do que no ano anterior. O tíquete médio das compras foi de R$434, ligeira alta de 1%.
“Registramos mais pedidos do que o previsto e, em compensação, menor tíquete médio, mas esse é um excelente indicador, pois é reflexo direto da chegada de novos consumidores – cerca de 10 milhões em 2018 – e do perfil de consumo. Categorias como cosméticos/perfumaria e moda lideraram o ranking das mais pedidas e se caracterizam por maior recorrência e pedidos de menor valor. Essa é uma tendência que também deve se manter forte para 2019”, disse Ana Szasz, líder comercial da Ebit/Nielsen.
O crescimento também reflete a grande ebulição do setor em 2018, com a entrada de novos players, fusões e aquisições e a consolidação do modelo marketplace.
“Alguns dos principais varejistas reportaram crescimento acima da média e ganhos de participação, mas é importante lembrar que a cauda do e-commerce é verdadeiramente muito longa e da importância do marketplace para consolidar as vendas dos pequenos e médios players, dando sustentação a toda a cadeia”, afirmou Szasz.
Para 2019, a expectativa é de expansão de 15%, com vendas totais de R$61,2 bilhões. Os pedidos devem ser 12% maiores, 137 milhões, e o tíquete médio deve ser de R$447, aumento de 3%. “A entrada de novos e-consumidores e a expansão do mercado de dispositivos móveis/banda larga no Brasil, e da migração do varejo offline para o online”, concluiu.
Fonte: ecommercebrasil