Você provavelmente sabe que nenhum negócio sobrevive sem investimentos em marketing, certo? E quando o assunto são os marketplaces, a regra é a mesma.
O marketing pode ser muito útil tanto para atrair sellers quanto compradores ou usuários. Mas, primeiramente, veremos como atrair os sellers. (Afinal, sem os sellers, o marketplace não gera visibilidade e, muito menos, receita.)
Para atraí-los, o primeiro passo é oferecendo qualidade no serviço. Essa qualidade diz respeito a infraestrutura, bom funcionamento do site, entre outros fatores.
Então, vale a pena dedicar esforços melhorando a sua plataforma e otimizando processos, a fim de torná-los cada vez mais escaláveis.
Além de negociar boas taxas e melhorar a qualidade do serviço, uma boa maneira de atrair mais sellers é mostrando que você investe pesado em marketing digital e na visibilidade da sua marca (ou branding).
Desse modo, o seller entende que, vendendo na sua plataforma, ele terá mais chances de ser encontrado.
Então, em uma única estratégia de marketing no seu marketplace, você consegue atingir dois públicos distintos: lojistas, os quais buscam um espaço que forneça uma boa visibilidade para seus produtos ou serviços; e clientes, com demandas que seu marketplace pode suprir.
Por isso falamos que uma estratégia de marketing voltada para os marketplaces pode ser uma “via de mão dupla.”
Nos tópicos a seguir, separei algumas dicas muito importantes que irão te ajudar a traçar um bom planejamento de marketing no seu marketplace, afim de gerar mais visibilidade para os seus clientes.
No marketing, os “canais” são os meios de divulgação de determinado produto ou serviço. Com o “boom” tecnológico do século XXI, os canais de marketing ampliaram suas fronteiras, e hoje temos uma infinidade de meios de divulgação disponíveis na Internet.
Mas o grande desafio é encontrar o canal certo para investir. E para fazer isso, nada melhor do que testar utilizando o que os “marketeiros” chamam de “Bullseye Framework”.
O “Bullseye Framework” te ajuda a encontrar os melhores canais de marketing, e para colocá-lo em prática, existe um método que envolve 5 etapas.
1.Fazer um brainstorm de canais:
Reúna sua equipe para discutir as possibilidades de canais e os pontos fortes e fracos de cada um. Se possível, apresente dados concretos para provar esses pontos fortes e fracos e tornar a decisão mais assertiva.
2.Criar um ranking com todos eles:
Depois de discutir sobre os canais com sua equipe, elabore um ranking com todos eles, que vá do melhor canal até o pior. Esse ranking será o guia para todas as suas decisões a partir de agora.
3.Escolher os top 3:
Após criar o seu ranking de canais, o próximo passo é escolher os 3 melhores. Se, por exemplo, você escolheu o Facebook Ads, Eventos e Vídeo marketing como os 3 melhores canais, o que resta é priorizar esforços de marketing sobre eles.
4.Testar e coletar feedbacks:
Nunca aposte todas as suas fichas em um único canal. Faça pequenos e gradativos investimentos em cada um dos top 3 e observe os resultados desses testes. Se o resultado for satisfatório, aumente o investimento. Se não for, troque esse canal pelo 4° lugar da sua lista e repita esse processo.
5.Focar nos melhores:
Essa é a etapa final. Com certeza você não quer que o seu marketplace patrocine todos os eventos ou esteja em todas as redes sociais. Não vale a pena, certo? Então priorize seus investimentos nos melhores canais e, mais uma vez, teste gradativamente.
SEO (ou otimização dos motores de busca) é uma técnica aplicável no conteúdo e no código de um site a fim de torná-lo mais “amigável” para os motores de busca, como o Google, por exemplo.
Um estudo feito pelo blog SEO Mad, concluiu que o primeiro resultado orgânico no Google recebe, em média, 46% dos cliques, enquanto que a segunda posição orgânica recebe 29%.
Para melhorar o SEO de um marketplace, vale lembrar que quanto mais amigável o site for para os usuários, melhor ele será “rankeado” pelos mecanismos de busca.
Um site amigável é aquele que considera alguns fatores importantes, como a velocidade do carregamento, o conteúdo, a boa navegação do usuário dentro do site, etc.
Lembre-se que, quanto mais interativo e fácil ele for para os usuários, mais ele será amigável aos olhos do Google, facilitando seu “rankeamento”.
O marketplace americano Tradesy, o qual oferece pré-venda de roupas de grife, garante um enorme volume de vendas sem investir em anúncios pagos, apenas focando em SEO.
Isso acontece graças a um sistema estruturado em listas, facilitando a navegação do usuário dentro do site, melhorando seu ranking no Google.
No tópico anterior você viu que investir em SEO é uma estratégia poderosa para qualquer marketplace. Mas para que isso seja efetivo e gere resultados escaláveis, você precisa investir em conteúdo. Mas o que seria esse conteúdo?
O conteúdo pode ser: vídeos, textos de blog, guias, e-books, infográficos, reviews de produtos, etc. A melhor parte disso é que o Google ama conteúdo.
Ou seja, quanto mais você investe tempo fazendo Marketing de Conteúdo, maiores são as chances do seu marketplace garantir rankings melhores, ajudando no seu SEO.
Lembrando que esse conteúdo deve ser sempre de qualidade, seja ele um vídeo, um guia ou um texto em um blog.
O algoritmo do Google “entende” quando um conteúdo é de qualidade ou não antes de dar a ele os melhores rankings.
O Uber, por exemplo, possui um blog que oferece informações sobre diversas opções de restaurantes, parques e shoppings nas grandes cidades, a fim de atrair mais clientes para o seu serviço.
Mas o interessante é que o Marketing de Conteúdo em um marketplace também pode ser feito para atrair sellers. Veja o exemplo do Etsy.
Eles elaboram uma estratégia de Marketing de Conteúdo, a qual oferece um guia completo para ensinar seus sellers como funciona e quais são as melhores práticas dentro da plataforma.
Garantir bons resultados orgânicos é essencial, mas isso não impede investimentos em anúncios pagos também. Afinal, os resultados de SEO levam um certo tempo para performar.
E é por isso que os anúncios pagos são tão importantes: além de gerar uma maior visibilidade para o seu marketplace, melhorando o branding, a mídia paga também pode ser usada para aumentar a geração de tráfego para o site.
Esse tipo de tráfego promove conversões muito mais diretas em relação aos conteúdos de um blog, por exemplo.
E sabemos que quanto mais tráfego você gerar para dentro do marketplace, maior será a possibilidade de compra, já que a receita gerada está associada (na maioria das vezes) ao volume de acessos do site.
Além disso, um bom volume de acessos no seu site indica ao Google que ele é “popular”, melhorando também os resultados na busca orgânica.
E com a mídia paga, é possível controlar os seus investimentos com mais facilidade, pois dá para decidir quanto investir e por quanto tempo um determinado anúncio ficará disponível.
A estratégia de “sampling” (ou free trial) é usada, com sucesso, desde os anos 60 até os dias de hoje. Ela consiste em oferecer uma amostra gratuita do seu produto ou serviço para os clientes, para que eles conheçam e se interessem pelo seu marketplace.
Vários marketplaces já utilizam essa estratégia. O Uber, por exemplo, oferece uma primeira corrida gratuitamente. A Amazon (maior marketplace do mundo), oferece uma assinatura gratuita, válida por 30 dias, para o seu novo serviço de streaming, o Amazon Prime.
Essa estratégia de sampling funciona muito bem, pois permite uma experiência diferenciada do cliente com o seu marketplace. E, além disso, utilizar o sampling permite atrair clientes com mais facilidade.
Os benefícios de realizar ou estar presente em eventos são vários, desde promoção da marca (branding) até conhecer possíveis sellers para venderem em sua plataforma.
Se o seu caixa permitir, vale a pena patrocinar eventos em que tanto os seus sellers quanto compradores estariam.
O marketplace Buscapé, por exemplo, esteve presente no Fórum E-commerce Brasil de 2017, um evento destinado aos lojistas virtuais, ou possíveis sellers que poderiam atuar dentro do site.
Já o marketplace de games IGN, esteve presente no Brasil Game Show (BGS), um dos maiores eventos de games da América Latina, destinado ao público que consome videogame (os compradores, no caso).
Em ambos os exemplos, os eventos serviram como um eficiente canal de marketing, mas que atendiam a públicos e interesses distintos.
Fonte: Ecommercebrasil